Eu não entendo onde alguns deputados, como Fernando Hugo
(PSDB), querem chegar, para levar a diante as críticas e tentar barrar a
proposta realizada pela comissão de juristas, que estão discutindo a tão falada
reforma no código penal brasileiro, principalmente quando o assunto é descriminalização das
drogas. A grande verdade é que tem um tanto de gente dando palpite neste
assunto, mas sequer sabe o que é maconha. Além de demonizar a erva, ainda se
utilizam de argumentos sensacionalistas e sem nenhum embasamento científico.
Não é de hoje que eu venho vendo deputados conservadores profetizando uma certa balela sobre a
descriminalização das drogas. Primeiro, porque além de vir com a história que a
maconha é porta de entrada para outras drogas, essa conversa que a
descriminalização das drogas não deu certo em outros países é tremenda de uma
mentira deslavada. Claro, se bem, que eu não poderia esperar outra coisa de um
deputado, aliás, falar mentira é a principal característica desta raça
inescrupulosa.
Usam-se diretamente o exemplo da Holanda, sem ao menos ter
visitado o país. Essa coisa de que na Holanda não se conseguiu controlar o consumo
de maconha é balela. Se formos analisar na ponta do lápis, o consumo de maconha
do país e bem parecido com o do seus vizinhos europeus, tendenciando ainda a
serem mais baixos. Ao contrário do que muitos dizem, a descriminalização da
maconha na Holanda fez com que os holandeses conseguissem baixar as taxas de
violências, suicídios e o melhor, cortaram de vez o usuário do ciclo da
criminalidade. Com locais próprios para se vender maconha, a Cannabis não mais
está no mesmo meio onde se encontra cocaína, heroína, ópio, crack, cortando de
vez a balela dos proibicionistas e evangélicos, que insistem em dizer que ela é
a porta de entrada para outras drogas.
Nos atentando especificamente a dados e não a suposições
tendenciosas, vemos que Na Holanda, 9,5% dos jovens adultos consomem drogas
leves uma vez por mês (Maconha e Haxixe), menos que na Itália (20,9%), França
(16,7%), Inglaterra (13,8%) [ Todas com políticas proibicionistas igual ao
Brasil]. Na Suíça, o número de usuários de drogas injetáveis, portadores de
HIV, foi reduzido em mais de 50% em 10 anos através de políticas de
assistência. A taxa de mortalidade por overdose entre usuários de drogas
injetáveis caiu mais de 50% na última década. No Brasil, o percentual de
adultos fumantes caiu pela metade, desde a política de conscientização do
cigarro. Em 1989, 31% dos brasileiros fumavam regularmente. Hoje esse número é
de 16,3%. O exemplo do cigarro é o mais claro para os brasileiros, que podem
ver, que este tipo de campanha é muito mais eficaz que a proibição. A chave do
sucesso não é prender e nem reprimir a droga em si, é proibir e reprimir o seu
consumo em determinados locais, fazendo com que assim, existam lugares apropriados
para que não incomode terceiros! Legaliza, Brasil!
Sempre tem ignorante, no lugar errado na hora errada. Estes caras são o entrave do progresso deste país, este deputado aí deve ter rabo preso com o tráfico por isso ele fala isto, mais não entende nada é um bosal no assunto.
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