sexta-feira, 15 de julho de 2011

Márcio Dabliueme fala sobre sua música e maconha, no blog


O Blog Maconha da Lata trás para você leitor um bate-papo enfumaçado com Márcio Dabliueme. Muito bem humorado, o músico contou um pouco da sua carreira, suas influências musicais; além de expor sua opinião sobre um dos temas que mais repercute na atualidade: a maconha.
Apreciador de Ganja, o músico revela toda a influência da erva no seu cotidiano - tanto no ambiente particular, como no ambiente de trabalho - visto por ele, como um simples gesto de meditação.

B.M.L Quando você despertou para a música?
Desde sempre. Dublava os “menudos” com 8 anos, mas profissionalmente em 1997.

B.M.L Como você começou a sua carreira de músico? Quais as influências que você teve?
Então em 1997 comecei fazendo um rap, depois montei o grupo ARRASTÃO fizemos uns roles por aí tocando e depois descobri que o rap me limitava e comecei a mesclar sons e sons, Nelson Gonçalves com Raul Seixas, Originais do Samba com Tom Zé e to aí ousando sempre, me identifico demais com o raggamuffin, dub que são essências fundamentais no meu som.

B.M.L Como você definiria o seu estilo musical?
Dabliuemismo (risos) HEMP SONG? Sinceramente não sei rotular, prefiro dizer ANTROPOFAGIA MUSICAL.

B.M.L Quando você compõe, em que busca inspiração? Existe algum ídolo maior em qual você se inspire?
As composições são um parto, vem do nada. Eu sempre ando com um gravador no bolso, tenho estúdio em casa, fica mais fácil pra registrar a idéia no momento que ela vem. A inspiração é o dia a dia, o surreal, a psicodelia, o cosmo, os universos, uma mescla de vivencia e retina.

B.M.L Em seu trabalho observa-se a maconha como tema. O que a erva representa para você?
Faço uso diário de marijuana, me faz bem, me sinto bem e abre minha mente em todos os aspectos. Pra mim é cultura. Chega visita em casa, tem as opções: aceita um café? Um baseado? Um suco? É normal no meu dia a dia. Nunca gravo sem a meditação...

B.M.L Não poderia deixar de perguntar, como você enxerga todo esse movimento pró-legalização da cannabis, no Brasil, como por exemplo, a Marcha da Maconha?
Acho que tem 2 lados: o lado bom é que foi dado o primeiro passo para a legalização ; o lado ruim é que enquanto todo mundo acha que a lei vai ser respeitada, tem nego tomando borrachada da policia.Aqui na minha cidade então, é pequena, todo mundo se conhece, a policia te marca, no momento da marcha eles não fazem nada, mas às escondidas...

B.M.L Vi pelas redes sociais que você está trabalhando em um novo CD. Fale um pouco mais do seu novo trabalho, para os leitores do Maconha da Lata.
Então na real são 2 discos: uma mix tape que cada faixa tem um “doido” participando (Lei di Daí, Gaspar & Buia do zafrica, Arcanjo Ras, Jimmy Luv, Vinão Alobrasil, CAGEBE, Alienação Afrofuturista, Ragga Rural Família RZO, entre outros). É uma mistura com várias faixas, todas produzidas por mim. O outro disco é o meu solo, um álbum mesmo com 12 faixas, com uma dupla da Colômbia me ajudando na produção. O trabalho está com influencias jamaicanas, caribenhas; muita piração!,Mistura samples de LP com colher, lata, e muito grave, sempre. A mix tape é pra fim de 2011e o disco pra 2012, porém nesse meio tempo está sendo lançada algumas faixas e participações com outros artistas.

B.M.L Gostaria que deixasse uma mensagem para todos os leitores do blog Maconha da Lata
Ae galera vamos nessa! Esse canal aqui é muito louco! Viva a informação marginal, a musica independente; nunca esconda a sua cultura, a sua verdade. O mundo é amplo, bem maior que a via láctea...

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