Mesmo com o Canadá vivendo um conflito interno sobre como
fazer uma política eficaz quando se fala em drogas, o país da América do Norte vem
dando bons exemplos quando nós focamos para a redução de danos. A Suprema Corte
do país, recentemente instruiu que a cidade de Ottawa que concedesse isenção
fiscal para a INSITE, responsável pelo primeiro local da América do Norte no
qual usuários de drogas injetáveis podem ter uma supervisão de um profissional,
além de material descartável, para que se evite a propagação de doenças,
através de por exemplo, o compartilhamento de seringas.
Esta importante decisão vai abrir as portas para uma
abordagem mais humana, pragmática e baseada em evidências para problemas de
drogas dentro da nossa sociedade, que vai muito além da simples repressão.
Muitas vezes, importantes decisões no que diz respeito a
políticas públicas sobre drogas são feitas com pouca atenção e muitas vezes
seguindo uma ideologia política ou de oportunismo. A necessidade de mudar essa
prática é fundamental se as pessoas realmente querem tratar o problema das
drogas como uma questão mais humana e menos mecânica. Questão humana que devia ser mais olhada principalmente com usuários de maconha.
Pesquisas do governo canadense apontam que os efeitos negativos sociais do uso e
políticas relacionadas com o tabaco, álcool, medicamentos e substâncias ilegais
poderiam em sua grande maioria ser evitadas. Os custos dos cuidados e da saúde
humana são muito maiores do que normalmente as pessoas pensam. Para se ter uma
ideia, o uso de substâncias sem prescrição médica é estimada em 21 por cento de
todas as mortes no Canadá e custa R $ 40 bilhões por ano. Desta, o tabaco
contribui 43 por cento, álcool 36 por cento e outras substâncias 21 por cento.
As evidências mostram que a proibição e a repressão é um
caminho muito mais danoso e em muitas das vezes sem volta.
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