Depois que suas mães morreram, Khathazile pegou os 11
netos órfãos para criar, sem hesitação. A avó, mora num país onde existe um alto índice de
infecção pelo HIV no mundo e deixa a cada dia uma grande quantidade de criança órfãos.
"Deus nos ajude",disse ela, sobre a situação do seu
minúsculo país.
Contudo, Khathazile tem uma outra opção para o caso de a
intervenção divina falhar: Swazi Gold (Ouro Suazi), uma potente e valiosa
variedade de maconha bastante procurada no próspero mercado da vizinha África
do Sul. Numa área no interior da floresta, no topo de uma montanha distante
nesse árido canto da minúscula Suazilândia, Khathazile cultiva Swazi Gold para
alimentar, vestir e mandar os netos para a escola, ou seja, a maconha é o
sustento da família.
“Sem a erva nós estaríamos famintos”, diz Khathazile, que
pediu que apenas o seu nome do meio fosse utilizado.
Khathazile é uma dos milhares de trabalhadores que, a duras
penas, conseguem levar a - magra - vida das áreas rurais deste pequeno reino do
sul da África plantando maconha.
Khathazile não se considera parte de uma vasta cadeia global
de cultivo de drogas que inclua fazendeiros de papoula no Afeganistão e
plantadores de coca na América Latina. Ela apenas tem netos de que cuidar e diz
que começou a plantar quando as tentativas com outras culturas falharam.
“Se você plantar milho ou repolho,os babuínos roubam”,
afirma a mulher.
A Suazilândia é oficialmente um país de renda média. Mas a
pobreza profunda continua a ser uma regra aqui nas áreas rurais ao redor de
Piggs Peak, uma empoeirada cidade no Noroeste montanhoso do país. Pouca coisa
cresce neste solo rochoso, e empregos são difíceis de encontrar. Muitos jovens
fogem para as duas cidades grandes do país, Mbabane e Manzini, ou para a África
do Sul, em busca de trabalho.
1 comments:
Agora me diz! Pode proibir a mulher de sustentar os netos? Vão prende-la por trafico quando a única coisa que ele quer é que os netos estudem e não passem fome? O mundo precisa mudar!
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