terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Descriminalização das drogas enfrenta forte oposição da população brasileira

O projeto de descriminalização e futuramente de legalização das drogas ainda precisa enfrentar um poderoso adversário: a opinião popular. No Brasil, o cenário é bem diferente da daquele encontrado na Califórnia, onde 46% da população votou a favor da legalização da maconha no Estado.


Uma pesquisa realizada pelo instituto Vox Populi após as eleições deste ano revelou a força do pensamento conservador na sociedade brasileira. Na consulta feita em todo país como 2.200 pessoas, 87% afirmaram ser contra a descriminalização do uso de drogas. O Nordeste lidera o ranking de rejeição com 93% dos entrevistados se posicionando contra a medida.

A proposta de mudança na Lei de Drogas é fortemente rejeitada entre todos os setores da sociedade, independente de idade, escolaridade, religião ou preferência política. Para 72% o governo não deveria nem levar a frente este tipo de projeto.

A força do conservadorismo também foi revelada com uma forte oposição a descriminalização do aborto (82% são contra), o casamento homossexual, com oposição de 60% dos entrevistados, A regulamentação da adoção de crianças por casais homossexuais conta com a oposição de 61% dos entrevistados.

A pesquisa realizada pelo Vox Populi encomendada do portal IG também questionou sobre qual deve ser a prioridade do governo Dilma Rousseff, que começa no mês de janeiro. A saúde ficou em primeiro lugar, com 41%, seguido pela geração de empregos, citada por 24% dos entrevistados.

Apesar da forte rejeição popular, a temática das drogas promete ser agitada dentro da esfera pública. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou em entrevista a Folha de São Paulo que vai levar à presidente eleita, Dilma Rousseff, a ideia de defender em fóruns internacionais "uma discussão" sobre a legalização das drogas leves em escala global.

A declaração de Cabral foi feita após a ocupação da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão por forças policiais e militares, acabando com o domínio territorial de traficantes de drogas. Para o Governador, a repressão às drogas mata inocentes e demanda um gasto que poderia ser aplicado em outras áreas. Cabral ainda sugeriu que o projeto de descriminalização começasse pela maconha

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