Os Cientistas acreditam estar mais perto de entender como o
consumo de maconha interrompe a memória de curto prazo. A equipe canadense da
Universidade de Ottawa reduziu este efeito ao manipular um tipo particular de
célula do cérebro chamada de astrócito.
Um pesquisador britânico disse que a experiência poderia
revelar mais da química natural do cérebro. A maconha inunda o cérebro com uma
série de substâncias químicas que imitam um de seus próprios sistemas de
sinalização.
Os cientistas estão tentando aproveitar o poder destas
químicas, chamadas de canabinoides, em produtos farmacêuticos destinados a
tratar doenças como a esclerose múltipla e a dor crônica. As doses de
canabinoides são cuidadosamente controladas para evitar efeitos adversos.
O trabalho realizado pelos pesquisadores da Universidade de
Ottawa pode lançar luz sobre como um dos
canabinoides mais conhecidos, o THC,
age no cérebro. Seu trabalho sugere que, quando se trata dos efeitos sobre a
memória, o THC não está agindo, como poderia ser esperado, nos neurônios do
cérebro, mas numa célula do cérebro chamada de astrócito.
Eles criaram camundongos cujos astrócitos não poderiam ser
afetados pelo THC, e descobriram que sua memória espacial não foi afetada pela
dose. Esta descoberta pode ajudar companhias farmacêuticas a reduzir o risco de
efeitos colaterais indesejados quando usassem THC em seus produtos.
Possivelmente o mais importante da pesquisa, é que pode-se
entender as vias químicas do prórprio cérebro, o sistema endocanabinoide.
“Quando falamos de qualquer função fisiológica do corpo, é
provável que os endocanabinoides estejam envolvidos de alguma forma”, disse Xia
Zhang, um dos pesquisadores.
Entender como esse sistema funciona pode levar a formas de
fazê-lo funcionar melhor, ele sugere.
“ Nós podemos achar um jeito de lidar com problemas de
memória de trabalho na doença de Alzheimer” ,
disse ele.
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