A tendência mundial quando falamos em maconha é que se
descriminalize a erva. O mundo inteiro começa a perceber que a chamada guerra
às drogas é muito mais traumática para a população de bem e só fortalece as
redes criminais, isto porque com a repressão, o produto proibido em evidência
tem seu preço supervalorizado. No caso da cocaína por exemplo, com 1 kg da
droga, um traficante pode fazer até 40.000 mil dólares nos EUA, o que me leva a
crer que sempre vai ter alguém disposto a correr risco para faturar esta grana.
Durante décadas, os EUA passaram ao mundo um conceito
fracassado e mercantilista de tratar o problema das drogas, construindo
prisões, privatizando-as , fortalecendo o mercado das armas e prendendo seus
jovens; tratando-os como verdadeiros delinquentes. Contudo, o que os EUA não
revelam e as pessoas proibicionistas não dão o braço a torcer é que esta
política nunca conseguiu diminuir nem a oferta e muito menos a demanda. Aliás,
este tipo de política repressora, não consegue atingir usuários com eficácia,
justamente pelo estigma da marginalização do cidadão.
A verdade, no caso específico da maconha, já deveria ter
sido regulamentada há muito tempo. Os bens da Cannabis, incluindo o seu poderio
industrial, podem ser imensamente aproveitados por nós, sem que se faça toda
este drama. O que se vê é que poucas pessoas tem o conhecimento de verdade do
que é a maconha, e por isso muitas tem ojeriza da planta. Não é fácil mudar a
cabeça de uma pessoa mais velha, que viveu a vida inteira acreditando que a
proibição era o caminho.
Com a regulamentação da maconha, ai sim, aqueles que pensam
em orientar os jovens teriam muito mais condições. A maconha perderia aquela
sedução do que é proibido e com toda certeza despertaria menos curiosidade nos
jovens. Ainda sim, a regulamentação faria um bem no que diz respeito a não
envolver o jovem no ciclo da criminalidade. O jovem pelo fato de fumar maconha
não é bandido e não deveria se envolver com tais figuras. Se envolvem
justamente por esta repressão besta e sem sentido.
Por último, os proibicionistas deveriam ser menos ignorantes
e perceberem, que os jovens que eles chamam de “maconheiro”, “vagabundo” “marginal”
e tantas outras coisas, são simplesmente as pessoas que eles gostam, afinal
todo maconheiro é filho, é parente e é amigo de alguém.
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