A polêmica dos Coffee Shops holandeses teve mais um capítulo
nesta quarta-feira, depois que os proprietários dos estabelecimentos levaram
através de seus advogados um último recurso para reverter a decisão que
impediria os turistas a comprarem maconha legalmente nestes cafés, como ocorre
a décadas no país – tornando-os clubes privados de Cannabis, modelo bem
parecido com o que ocorre na Espanha.
Segundo a nova legislação, os clubes de Cannabis poderia aceitar
um limite de 2.000 membros. Esta nova perspectiva começa a ser executada a
partir do dia 1 de Maio no Sul da Holanda e promete se estender até em todo o
país até o dia 1 de Janeiro de 2013.
O futuro dos cafés de Amsterdã ainda é incerto.
Inegavelmente, estes estabelecimentos são fortes atrativos turísticos e
movimentam um capital monstruoso para a cidade. Os cidadãos da capital se
opuseram com veemência à nova medida, tanto, que o prefeito, Eberhard Van der
Laan, diz que pensa em negociar um acordo viável com o Ministro da Justiça
Holandês, Ivo Opstelten . Van der Laan, diz ainda que a capital holandesa não
sofre grandes problemas com os fumantes
de maconha, e não faz sentido aplicar a mesma política desenvolvida pelas cidades
fronteiriças em Amstedã.
O Advogado Ilonka Kamans argumentou que a política de drogas
holandesa dá aos cidadãos "o direito fundamental de escolha" e não
deve privar de estrangeiros que visitam a Holanda de ter este mesmo direito.
Outro dos advogados dos cafés, Maurice Veldman, disse à
Associated Press que o problema com o turismo de droga limita-se às províncias
do sul do país, perto da fronteira da Holanda com a Alemanha e Bélgica,
especificamente na cidade de Maastricht e deve ser combatida com medidas locais
e não na legislação nacional.
Em contrapartida, o advogado que representa o Governo,
afirma que estas medidas vão fazer com o que os Coffee Shops voltem a ser
estabelecimentos com a finalidade original de quando eles foram criados:
pequenas lojas locais que vendem maconha para a população local.
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