Uma cena de beijo gay e imagens da folha da maconha,
acompanhadas de papel de seda, estão provocando polêmica na campanha eleitoral
de Santa Catarina.Em Joinville, a polêmica envolve o candidato a prefeito do
PSOL, Leonel Camasão, que mostrou em sua campanha na TV dois garotos se
beijando.
A imagem tem menos de
um segundo, mas foi o suficiente para que uma avalanche de telefonemas de
eleitores chegasse à casa do candidato. "Já ouvi de tudo, até gente
questionando minha sexualidade", desabafa Camasão.
Na capital, Florianópolis, o promotor de Justiça Eleitoral
Sidney Eloy Dalabrida entrou na terça-feira com uma representação contra a
propaganda do candidato a vereador Lucas de Oliveira (PSDB), que defende, em
sua plataforma, a descriminalização da maconha.
"É um direito
manifestar-se a favor da legalização, mas o que está sendo feito configura uma
infração séria", diz Dalabrida.
Oliveira adotou o
apelido de presidente THC, uma alusão ao principal composto da maconha e ao
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que defende a descriminalização da
droga.
A campanha provocou
revolta em mães e organizações que trabalham com jovens, que procuraram a PM e
o Ministério Público.
Oliveira, que
concorre a vereador pela segunda vez, afirma que não há a distribuição do papel
de seda. O material seria vendido para ajudar na campanha - o pacote com 12
folhas sai por R$ 0,99. "É um santinho (nome e número da candidatura). O
que muda é a miligramagem do papel."
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