Mercado Canábico: o que pretende a Holanda em relação à maconha?

A Holanda sempre foi um país que adotou posturas liberais, principalmente quando focamos em liberdades individuais. Para a surpresa de todos, o até então paraíso dos maconheiros, agora vem tendenciando a adotar regras mais rígidas quanto a venda de maconha envolvendo turistas. A ideia do governo é que até em 2013, todos Coffee Shops se tornem clubes privados, com números certos de associados. As explicações para as ações do governo são muitas, desde a perturbação da ordem a extinção do turismo de drogas.

Este novo paradigma vem causando um verdadeiro bafafá nas cidades holandesas. Enquanto cidades como Maastrich já proibiram a venda de maconha a turistas, a capital do país Amsterdã bate o pé a favor da continuidade da venda de maconha para os visitantes. Meses atrás, um grupo de donos de Coffee Shops e afins, se manifestaram contra esta ofensiva do governo. Lembrem-se que os primeiros Coffee Shops surgiram ainda nos anos 70 e queiram ou não são comércios que influenciam diretamente na economia holandesa.

Ao que parece, a Holanda tenta adotar um modelo mais parecido com o da Espanha, quando se analisa a criação de clubes de maconha restritos a sócios. Para se ter uma ideia, tais clubes espanhóis tem os números de cotas pré-definidas e um novo cidadão para associar-se, deve ser apresentado por alguma pessoa já sócia do clube.

Alguns ativistas espanhóis acreditam que este deve ser um modelo interessante a ser seguido, pois delimita o consumo da maconha, diminuindo assim o uso irresponsável da erva, sem ao mesmo tempo criminalizar o usuário. Para eles, a maconha vendida assim, evita que multinacionais dominem o mercado e acabem por incentivar o uso destas substâncias, como já acontece com o tabaco e com o álcool.