quinta-feira, 29 de março de 2012

Caso de menino assassinado retoma a discussão:O estigma de uso drogas imposto pela sociedade é mais prejudicial ao usuário?


O racismo, preconceito e intolerância estão presentes principalmente no discurso dos proibicionistas, que ainda batem na tecla que a guerra às drogas é a melhor solução.  O caso de um garoto de 17 anos vem chamando a atenção nos EUA. O menino, que foi morto a tiros pela polícia da Flórida, vem sendo demonizado pelo fato de semanas antes do incidente, ele ter sido suspenso da escola por portar uma pequena porção de maconha.

Segundo a mãe do garoto, além de matar o filho dela a tiros, agora a polícia também quer matar a reputação e a memória do garoto assassinado.  Pode demorar muito até que a trágica  história do menino  sobre  uso de drogas seja confirmado e usado como justificativa para a alegação de legítima defesa colocada pelo o assassino, George Zimmerman. Contudo, devemos levar em consideração que a maconha não deixa ninguém agressivo. Segundo o relato de Zimmerman do tiroteio, Martin, que estava desarmado, o atacou violentamente por trás, levando Zimmerman a gritar por socorro antes de disparar seu agressor.

Mas a experimentação possível Martin com a maconha não deveria ser nenhuma ameaça a sua reputação. A pesquisa sobre a maconha e violência mostra claramente que a droga  reduz a agressão ou não tem nenhum efeito prático para deixar o indivíduo violento. A ideia de que a maconha faz as pessoas perigosas é tão absurdo quanto a alegação de que quem veste capuz é suspeito de algum crime.

Quase dois terços da  população adulta com idade entre 21-54 tem experimentado maconha pelo menos uma vez. Contudo, após mais de oito décadas  as propaganda têm servido para obscurecer os fatos sobre a substância à verdadeira prevenção e redução de danos. Na verdade, a maioria das campanhas antidrogas já estigmatizam não apenas as drogas, mas os seus usuários também, o que é completamente na contramão de quem quer mesmo ajudar um usuário de droga.

4 comments:

Anônimo disse...

Ultimamente tenho dito que a democracia mata mais que o regime militar, de diversas formas, alguns não gostam, regime militar ainda é um fantasma emaconhado, deve ser estudado a fundo aquilo que a mídia e as escolas não mostram, aqui foi diferente do resto do mundo, acreditar que foi só tortura é acreditar que maconha mata.
Quantos morreram ano que passou com overdose? no mesmo período, quantos morreram devido a guerra as drogas?
Neste artigo, quem é o criminoso, o garoto ou o estado?
Quantos morrem devido aos desvios de recursos?
Leis que não garantem a justiça social e servem de alimento para a corrupção são ferramentas de tortura aos cidadãos de boa fé.
Imagina a revolução que poderia ser feita em nossas vidinhas sivirinas se os bilhões arrecadados por impostos fossem para os destinos corretos, 27 anos de democracia, é tempo de balanço...
O que me dá alento é que temos soluções, mas o que me preocupa é se quando o povo for as ruas pedir as forças armadas que voltem a por ordem nessa bagunça eles digam: não, obrigado!
Acreditar que algo vai mudar após as próximas eleições é alucinação, procura um dotô que a coisa ta feia.

Renata F. disse...

outro dia desses vi uma matéria absurdamente preconceituosa, perpetuando várias mentiras sobre a cannabis. aparentemente era um site "sério", escrito por jornalistas mesmo.

gostaria de saber quais providências a ser tomadas neste tipo de situação, se existe algum código de ética para educar jornalistas tendenciosos ou mesmo punir quando há informações incorretas que possam causar algum tipo de constrangimento ao usuário ou incitar preconceito ou violência.

Anônimo disse...

o preconceito rolou e ate quando vai continuar assim? so porque a pessoa fuma cannabis nao e motivo de descrminala essas coisas, porcos fardados ladroes assasinos! legalize ja !

Anônimo disse...

Eu fumo desde os 14 anos, hoje tenho 56 anos, e durante todos esses anos tenho visto e ouvido os maiores absurdos e mentiras sobre drogas que alguém já pode ter visto. Se maconha matasse eu já estaria morto, se maconha fissesse mal eu já estaria doente, se maconha fosse ruim eu já teria parado no entanto estou aqui com saúde, mais durante todo esse tempo o que eu tenho é pena e ao mesmo tempo revolta desta sociedade ridícula e de falsa moral de falsos valores que não faz nada para estancar o sangue derramado nesta guerra inescrupulosa que deicha tantas famílias desesperadas com a brutalidade das " autoridades" que querem sempre impor atravéz da força, e nós é que somos os violentos? Já estou cansado disto mais tenho que continuar vivendo. Lucadu.

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