sábado, 24 de março de 2012

Muitos são contra, mas não existem argumentos científicos para a proibição da Maconha

Quando se fala em Maconha, primeiramente, você precisa saber o que está por detrás da proibição da Cannabis. Copiando um trecho da excelente reportagem de Super Interessante, as coisas começarão a ficar mais claras e menos sensacionalista.

“(…) Tem a ver [a proibição da maconha] com o preconceito contra árabes, chineses, mexicanos e negros, usuários freqüentes de maconha no começo do século XX. Deve muito aos interesses de indústrias poderosas dos anos 20, que vendiam tecidos sintéticos e papel e queriam se livrar de um concorrente, o cânhamo. Tem raízes também na bem-sucedida estratégia de dominação dos Estados Unidos sobre o planeta. E, é claro, guarda relação com o moralismo judaico-cristão (e principalmente protestante-puritano), que não aceita a idéia do prazer sem merecimento – pelo mesmo motivo, no passado, condenou-se a masturbação (…)”


Basicamente, no começo do séc. XX, nos EUA, muitos imigrantes mexicanos fumavam maconha. No Brasil, os escravos recém-libertados também o faziam. Oras, se você não pode proibir que esta gentalha (na visão das elites) ande por aí no meio dos seus filhos brancos e puros, o que fazer? Torne um crime o consumo da maconha, assim você poderá prendê-los e limpar as ruas. Não havia nenhum problema de saúde ou caos social: a proibição tinha apenas um propósito de controle social por parte das elites. Sucessivas pesquisas, encomendadas pelo próprio governo dos EUA, nunca comprovaram nenhum efeito negativo sobre a saúde dos usuários da maconha.

Diferentemente do que o senso comum prega, maconha não é capaz de causar dependência física. Na verdade: “(…) os efeitos psicológicos tendem a predominar sobre os fisiológicos. Resumidamente, pode-se dizer que a maconha provoca uma leve euforia, distorções espaço-temporais, alteração do humor, taquicardia, dilatação dos vasos sanguíneos oculares, secura da boca e tontura.” e “Estudos têm mostrado que, mesmo em usuários crônicos, a retirada súbita da droga não causa nenhum sintoma agudo, isto é, não se observa nenhuma dependência física da droga.” (Fonte: UFSC)

Mas, por que legalizar? Pois, se a maconha não tem o potencial de causar problemas como o cigarro e o álcool, não faz sentido liberar estes e proibir aquela. Ou proibe-se tudo, ou libera-se tudo, já que dos 3, a maconha é o menos prejudicial. O governo deveria apenas supervisionar toda a cadeia de produção, a fim de garantir a qualidade e o pagamento de impostos. O dinheiro seria revertido para campanhas anti-drogas e para financiar a repressão às drogas verdadeiramente perigosas, como cocaína, crack, heroína, etc. O tráfico perderia parte de sua força, embora isso não seja capaz de reduzir a criminalidade a curto prazo.

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