Como já falamos exaustivamente, a chamada Guerra às drogas é
um dos comércios mais lucrativos que existem no mundo. É o único mercado que
sempre está em alta, nunca em baixa. Olhando para trás e se baseando na
história, podemos ver que o números de usuários de maconha por exemplo, só
aumentam, assim como a oferta. A política de repressão passada pelos Estados
Unidos, nada mais é que mais uma política mercantilista visando o capital.
A proibição das drogas é muito mais trágica para sociedade
do que a droga em si. Além da violência e a carnificina gerada, que normalmente
estão concentradas em aglomerados e locais que vivem pessoas de baixa renda, os
custos do estado com o sistema prisional, judiciário e tudo que engloba esta
esfera carcerária é exorbitante e desnecessária. Este aspecto fica ainda pior,
quando nos deparamos com um judiciário como o nosso, que de praxe é lento.
Milhares de reais e tempo são gastos pelo sistema, que julga usuários de drogas
e o coloca na cadeia, quando na verdade os esforços deveriam estar concentrados
no que de fato é crime.
De forma alguma eu posso conceber que o proibicionismo e a
repressão estão à favor da sociedade. Definitivamente, problemas de abuso de
drogas é um problema de saúde pública, e não de segurança pública. De forma
alguma deveria esta previsto no código penal algo sobre entorpecentes. É simplesmente
ridículo e me faz lembrar dos tempos de barbárie, no qual se resolvia as coisas
na lei do mais forte.
O mercantilismo e o alto faturamento de dinheiro gerado pela
proibição das drogas está escancarado dentro da nossa sociedade há muito tempo.
Por exemplo, não são poucas as cifras gastas para comprar armamentos, as
privatizações das penitenciária, as prisões forçadas de usuários para forçar
estatísticas, a criação de milícias, entre tantos outros aspectos que podem ser
englobados neste raciocínio.
Enfim, eu ainda considero extremamente repugnante o fato de
muitos apontarem o dedo para usuários e defenderem a repressão e a proibição
com a falsa desculpa que está preocupada com os dependentes de drogas, mas ao
mesmo tempo sequer se preocupa com a guerra e a carnificina gerada pela
proibição, e nem com as famílias famigeradas que veem uma única oportunidade de
sobreviver no tráfico de drogas. Afinal, a repressão funciona, mesmo?
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