A Marcha da Maconha de São Paulo tem tudo para ser especial.
Primeiro, pelo número record de participantes e depois pelo lançamento da
primeira revista sobre Cannabis do Brasil: a revista Semsemente, que depois de
ter suas páginas censuradas pela gráfica, finalmente vai sair fresquinha para
os aguçados leitores.
Segundo os editores, trata-se da primeira publicação do tipo
no Brasil. Em outros países, revistas de “cultura canábica” já existem há pelo
menos 35 anos. Contudo, como até então há pouco tempo qualquer coisa desta
esfera era tratada como apologia, tardiamente o mercado canábico começa a ficar
aquecido pelas terras tupiniquins.
A “SemSemente” tem 64 páginas coloridas que tratam da
maconha sob os mais variados pontos de vista. Os temas abordados incluem a
história de um doente de câncer que se beneficiou da planta para fins terapêuticos,
uma entrevista com um integrante da banda Cypress Hill, além dos 10 anos da
Marcha da Maconha no Brasil. A tiragem é de 10 mil exemplares, segundo informa
o diretor de arte William Lantelme.
Os anunciantes da revistas estão entre um publico de
tabacarias, bancos de sementes e lojas de cultivo, nada que infrinja a atual
legislação brasileira.
O presidente da Comissão de Estudos sobre Educação e
Prevenção de Drogas e Afins da Ordem dos
Advogados do Brasil em São Paulo, Cid
Vieira de Souza Filho, acredita que não deve haver problemas jurídicos com a
revista, já que a decisão do STF (Superior Tribunal Federal), de junho do ano
passado, autorizando a realização das marchas da maconha em todo o país,
sinalizou que a manifestação em favor da descriminalização dessa droga, ainda
que por meio de uma publicação, é permitida no contexto da liberdade de
expressão.
0 comments:
Postar um comentário