Embora o crescente uso do crack seja o novo foco das
políticas públicas de combate às drogas no país, uma pesquisa em andamento na
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aponta que o álcool ainda é a droga
mais consumida entre moradores de rua em Cuiabá. Conforme os dados preliminares
do estudo, a droga, tida como uma das mais perigosas devido à rapidez com que
causa dependência, ainda aparece em terceiro lugar na lista de sustâncias
consumidas por pessoas em situação de risco, ficando atrás da pasta-base de
cocaína, segunda colocada na lista.
O levantamento faz parte de um trabalho realizado pela
coordenadora do Centro de Referência à Formação de Profissionais das Redes de
Atenção à Saúde e Assistência Social com Usuários de Drogas (CRR) da UFMT.
Segundo a pesquisadora, além de não estar no topo da lista
dos mais consumidos em Cuiabá, o crack também não é a droga que mais se
populariza entre essa parcela da população. “A mídia fala muito do crack, mas
notou-se um aumento do uso da pasta base”, ressalta.
Os dados foram colhidos com moradores de ruas recolhidos em
albergues na Capital e mostram que o perfil dos usuários de drogas corresponde
a homens pardos, com idade entre 20 e 30 anos, de baixa escolaridade.
Outro estudo, apresentado por Nayara Bueno, constatou dados
semelhantes entre adolescentes internados no Centro de Atenção Psicossocial
para Álcool e outras Drogas (Caps) Adolecer. Realizado com 135 jovens que
passaram por tratamento durante 2009, o levantamento mostrou que o tabaco e a
maconha foram as drogas mais consumidas.
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