Os artigos 17 e 18 da Convenção-Quadro, a serem impostos
imediatamente sobre os países signatários da Convenção-Quadro Para o Controle
do Tabaco (CQCT) - o Brasil é signatário desde 2005 - sugerem medidas duras,
como congelar ou reduzir a área plantada, cortar mecanismos de suporte financeiro
e técnico aos produtores e acabar com preços mínimos de suporte.
O presidente da ITGA, o argentino Jorge Nestor, foi enfático
ao reforçar que as medidas acarretarão um problema social muito grave. "Em
países como Brasil, Argentina, Colômbia e Equador o tabaco é cultivado
principalmente por pequenos produtores. Nas propriedades com área de 0,5 a 4
hectares, 70 a 80% da renda provém da atividade".
O encontro foi marcado por críticas às novas diretrizes
estabelecidas pela OMS. Nestor repudiou a condução das novas diretrizes dos
burocratas de Genebra que estão dispostos a eliminar a produção, mas não
apresentam alternativa para 30 milhões de produtores no mundo inteiro.
Nestor questiona o fato de o álcool não sofrer as mesmas
restrições. "O álcool é um produto que desintegra famílias, causa
tragédias nas estradas, e não sofre estas restrições", afirmou.
"Enquanto o presidente uruguaio José Mujica propõe o
cultivo estatal da maconha, e o mundo discute seriamente a proposta, é
incompreensível seguir perseguindo os produtores de tabaco legalizados, que
pagam impostos e geram riquezas". E conclui afirmando que o setor precisa
ser consultado para poder viabilizar a propriedade, os empregos e a economia
que hoje existe.
0 comments:
Postar um comentário