Um dos motivos da maconha e outras substâncias psicoativas
continuarem proibidas é justamente a interferência da ONU, que até então não
aceitava a mudança de paradigma e perspectiva do combate ao abuso das
substâncias entorpecentes. Contudo, isto parece estar mudando, já que a ONU afirmou na sexta-feira, 28, que a
organização está pronta para “facilitar” o debate sobre a revisão da estratégia
de combate ao narcotráfico proposta por vários países da América Latina durante
a Assembleia Geral das Nações Unidas.
“Estamos prontos para facilitar este debate diante da posição
de vários estados-membros em diferentes foros”, disse o diretor-executivo do
Bureau das Nações Unidas contra as Drogas e o Crime (UNODC), Yuri Fedotov.
Durante a Assembleia Geral da ONU esta semana, em Nova York,
vários presidentes latino-americanos pediram a revisão da estratégia contra as
drogas e a busca de alternativas. “O pedido de muitos presidentes da América
Latina à ONU para facilitar um debate baseado em evidências sobre o impacto das
políticas antidrogas atuais não é apenas legítimo, mas está na linha do que a
UNODC faz”, afirmou Fedotov. Entende-se que o consumo de drogas existe e que o
combate armado como é feito atualmente é muito mais prejudicial pra sociedade
que o uso da substância entorpecente em si.
Outro que defendeu um amplo debate foi o presidente mexicano,
Felipe Calderón, um dos líderes mais destacados do combate frontal ao
narcotráfico, desafiou a ONU na quarta-feira a liderar uma discussão aberta
sobre a questão: “as Nações Unidas não apenas devem participar, mas sim liderar
uma discussão à altura do século XXI, sem preconceitos, que leve todos a
encontrar soluções com enfoques novos e eficientes”.
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