Os famosos coffeshops holandeses sempre foram um grande
atrativo para os turistas holandeses. Contudo, há alguns meses existe uma
grande polêmica em torno destes estabelecimentos, uma vez que algumas cidades
do país, principalmente as localizadas ao sul, tem querido extinguir a venda de
maconha e haxixe para turistas.
Dentro da polêmica, algumas cidades como é o caso de
Amsterdã, não aderiram a esta nova regulamentação, que pretende vender maconha
apenas a cidadãos holandeses que possuem o Weed Pass.
Diante desta questão, não é apenas o prefeito da capital
holandesa, Eberhard van der Laan, que não quer a proibição, já que a cidade
consegue gerar um grande número de receita, justamente pelos turistas que vão
em busca dos coffeshops, mas também os moradores e envolvidos com este
estabelecimento.
"Trabalho aqui há muitos e muitos anos, nem sei
quantos. Sempre tem um ou outro baderneiro, mas maconha e estrangeiros nunca
foi uma combinação problemática", afirmou uma funcionária que trabalha no
coffeeshop Bulldog, primeiro estabelecimento deste tipo e que abriu suas portas
em 1975, na Red Light District – bairro famoso também pela tolerância com a
prostituição.
O argumento da prefeitura para contrariar uma decisão do
governo nacional é de que as restrições para os turistas provocariam um aumento
da criminalidade em Amsterdã. "Com a exclusão dos turistas, todos os
benefícios do sistema de coffeeshops seriam anulados", argumentou Van der
Laan. De acordo com a prefeitura, esses benefícios seriam evitar desordem
pública e o tráfico de drogas e ter mais controle sobre a qualidade das drogas
leves e também sobre a idade dos consumidores.
O prefeito afirma ainda que a
venda de drogas para estrangeiros seria um problema nas regiões fronteiriças,
mas não na capital. "Franceses, alemães e belgas cruzam a fronteira para
comprar drogas leves porque é proibido nos seus países. Não é o caso de
Amsterdã, onde o consumo de drogas leves é apenas uma das atividades dos
turistas", diz o comunicado distribuído no dia 1º.
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