Com o sucesso da realização pacífica da Marcha da Maconha em
São Paulo, no sábado, que reuniu cerca de 10.000 pessoas, o grupo Acorda ABC,
que organiza ato semelhante em Diadema, espera conseguir mais apoio ao
movimento, justamente porque o mesmo esta amparado pela decisão do STF, quando
julgou constitucional e como forma de liberdade de expressão o evento. A passeata será realizada na Praça da Moça, no sábado, às 13h.
"Todos fomos até lá entregar panfletos e pedir ajuda à
marcha aqui da região. Recebemos resposta positiva dos membros da Capital e
Jundiaí, que disseram comparecer ao ato. A expectativa é boa", afirmou
Bruno Logan, um dos organizadores do evento no Grande ABC.
O grupo já iniciou a confecção de faixas, bandeiras,
cartazes e panfletos. Parte do material utilizado no evento da Capital será doada
para o movimento na região. "Conseguimos uma bandeira de aproximadamente
30 metros para usar aqui", disse Logan. Ainda não há definição de
expectativa de público presente para a Marcha da Maconha de Diadema.
A realização do evento em Diadema está causando polêmica
desde que foi anunciada. Em abril, a Prefeitura enviou ofício ao grupo
informando que não autoriza a realização do evento no município. O documento
foi assinado pelo secretário de Defesa Social, Arquimedes Andrade, e o diretor
de eventos,
José Tadeu Mota, ligado diretamente ao gabinete do prefeito Mario
Reali (PT). No texto, a administração municipal
alega que a ação conflita com as políticas públicas que estão sendo
desenvolvidas para diminuição do uso de drogas e criminalidade, o que não deixa
de ser uma arbitrariedade e contra a decisão da Suprema Corte do Brasil, o que
é um completo absurdo.
Porém, os organizadores da marcha afirmam que irão realizar
a marcha mesmo sem o consentimento municipal, pois o STF (Supremo Tribunal
Federal) garantiu, em junho, o direito de cidadãos realizarem manifestações
pela descriminalização e legalização de drogas em todo o País.
Por conta disso, o grupo procurou a Defensoria Pública do
Estado, que entrou com ação na Justiça, no último dia 15, para tentar reverter
a proibição. No entanto, o pedido foi negado em primeira instância.
"Fomos
procurados e temos o dever de ajudar. Já entramos com recurso e ainda não houve
resposta por parte do juiz. O que buscamos é o direito à livre reunião e
liberdade de expressão, independentemente do tema a ser abordado", relatou
o defensor público Claudio Lucio de Lima. "Considero ilegal e
inconstitucional. A Prefeitura tem de aceitar o evento mesmo contra a
vontade", completou.
0 comments:
Postar um comentário