A proibição das drogas sempre foi um fracasso. O conceito
americano de combater às drogas, principalmente a maconha, através de uma guerra é completamente
equivocada e os únicos beneficiados são os produtores de armas, que usam esta
guerra para alavancar sua economia, como é o caso do próprio EUA.
De fato, a repressão armada nunca conseguiu diminuir a
oferta e muito menos a demanda das drogas. O que aconteceu foi um aumento da
carnificina, o fortalecimento dos carteis de drogas e o aumento exorbitante do
preço desta mercadoria ilícita. Veja bem, as drogas, são em suma derivadas de
plantas , uma matéria-prima relativamente barata, que no
mercado ilícito, justamente pela proibição, ganha um valor bem alto e que serve
da base financeira para os grupos que detém o monopólio do tráfico de drogas.
Como afirma o cientista político Martin Jelsman, “ A
estratégia de combate às drogas, levou a uma guerra, cujo os extremos foram
operações militares contra pequenos agricultores de cultivo ilícito, a
fumigação química de cultivos ligado às drogas, o encarceramento em massa de usuários
e pequenos distribuidores e até a pena de morte para os transgressores em
alguns países. A proibição das drogas ilícitas pôs o mercado desse lucrativo
comércio nas mãos de organizações criminosas e criou enormes fundos ilegais que
estimulam a corrupção e os conflitos armados em todo mundo”.
De uma opinião parecida, partilha a socióloga Vera
Malagutti, “ A guerra contra as drogas é fracassada em todos os objetivos que
ela se propôs (Controle da produção, comercialização, consumo, violência e
corrupção policial). Contudo, ela continua regendo há mais de 40 anos no mundo e no Brasil. Então, uma política
com tantos fracassos deve ter alguma coisa por trás dela que é um sucesso. Na
minha modesta opinião, é porque ela alimenta a indústria da guerra e do controle
do crime”.
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