A legalização da maconha não se trata apenas da
liberalização do uso da cannabis para fins recreacionais. Além do seu poderio
medicinal, que já é cientificamente provado, a não mais criminalização da
planta e seus usuários influenciam em toda a sociedade, já que a corrupção
também está ligada ao tráfico de drogas.
O assunto é tão quente, que os quatro candidatos
independentes à Presidência dos Estados Unidos realizaram nesta terça-feira o
seu primeiro debate em Chicago, no qual analisaram temas como a legalização da
maconha, os níveis de pobreza do país e o sistema educacional.
Moderado pelo famoso apresentador de televisão Larry King, o
encontro aconteceu no Hotel Hilton, apenas um dia depois do terceiro e último
debate televisionado entre o democrata Barack Obama e seu rival republicano,
Mitt Romney.
A primeira a discursar foi a representante do Partido Verde,
Jill Stein, que afirmou que "o povo americano está em crise".
"Estamos perdendo nossos postos de trabalho, os salários decentes e nossas
casas", assegurou Stein.
A primeira pergunta feita por King foi sobre o
bipartidarismo americano, diante do que os quatro candidatos concordaram que
esse sistema "afoga a democracia" do país.
Questionados sobre suas posições acerca da luta contra as
drogas, o candidato do Partido Libertário, Gary Johnson; o aspirante do Partido
da Justiça, Rocky Anderson, e a própria Stein disseram estar de acordo com a
legalização da maconha.
"Não sou a favor da legalização das drogas. Se você
quer isso, vote em um deles, não vote em mim", sustentou o candidato do
Partido Constitucionalista, Virgil Goode, para quem, pelo contrário, deveria
ser reduzido o orçamento da chamada "guerra contra as drogas".
Já Gary Johnson arremeteu contra a duração da guerra no
Afeganistão. "De início, pensei que esta guerra se justificava
totalmente", disse o aspirante, antes de acrescentar imediatamente que os
Estados Unidos deveriam ter saído dali "há 11 anos".
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