O Governo francês anunciou nesta segunda-feira que manterá a
proibição da venda e uso da maconha, no dia seguinte que seu ministro da
Educação, Vincent Peillon, defendeu o debate de sua descriminalização, que é
uma tendência mundial.
A proposta de Peillon, que disse que suas declarações do
domingo eram uma "reflexão pessoal", foi rejeitada pelo Governo em
entrevista à imprensa.
O ministro defendeu no domingo em declarações a vários meios
de imprensa franceses pelo lançamento na França de um debate sobre a
descriminalização da maconha, cuja venda e uso são proibidos e penalizados com
até um ano de prisão e 3.750 euros de multa.
"É uma pergunta que vale a pena ser feita e às vezes me
surpreende muito o pequeno atraso da França em um assunto que considero de
importância", declarou o ministro de Educação.
Na oposição, a reação do secretário-geral da conservadora
UMP, Jean-François Copé, foi pedir "solenemente" ao presidente,
François Hollande, que se pronunciasse para se adentrar no debate.
Na legenda Europa-Ecologia Os Verdes, que faz parte do
Governo, a deputada Denis Baupin comemorou a "coragem" do ministro da
Educação por ter aberto o debate.
Tanto Hollande como o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault,
se manifestaram contra a possibilidade de proceder à descriminalização da
maconha.
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