Como eu já disse no post passado sobre a importância da comunicação,
hoje vou continuar falando dela, pois como bom jornalista, creio que em muitas
das vezes, muitos que estão ao nosso favor ou apenas simpatizantes da causa,
não sabem usar os bons argumentos, ou não sabem se portar diante das
autoridades , de advogados conservadores que se omitem e por acharem que devem
representar os bons costumes, acabam em
uma atitude hipócrita, negligenciando várias das vezes em que ganharam dinheiro
por apenas tirar um maconheiro que foi pego com uma bucha de maconha da cadeia.
Sim meus amigos mais novos e leitores do blog, aqui no Brasil a lei já foi
muito pior e você poderia ser preso de 2 meses a um ano, salvo o engano, por se
pego pela PM por portar maconha.
Hora essa, para mim, estes tipos de conservadores são
fajutos, pois como manda o bom figurino de um advogado de respeito ele tem duas
opções: pega o caso ou se achar que o
réu é culpado, pode sim negar a formular a sua defesa. Pelo menos é o que se espera de um bom advogado. Isto aprende nas faculdades,
e eu digo isso, pois tive experiência na assessoria de imprensa da OAB, e se tem uma coisa que a ordem sempre cobra e
pega no pé dos advogados é a ética! É simplesmente pela falta de ética e da
prostituição da profissão pelas faculdades e Universidades é que se criou o
exame da ordem. Portanto, se o advogado que pegou a causa na época em que a lei
era extremamente errônea, me faz acreditar que ele pelo menos pensava que a lei
não era certa e que consequentemente o réu não poderia ser punido, ou
simplesmente pelo dinheiro, que no caso
se fosse verdade, seria uma extrema falta de ética do profissional, que se
mostraria um mal caráter. E é por essas e outras que devemos analisar quem
defende a proibição. Se for gente como a Dra Marisa Lobo, que é psiquiatra e
tem clínicas de reabilitação, claro, que vai defender a proibição, pois
financeiramente é muito bom para ela.
Aliás, esta antiga lei, é que criou toda essa animosidade
entre maconheiros e policiais, uma vez que os PM’s ganhavam comissões, isso extraoficial,
para prender usuários de drogas, tornando um verdadeiro ponto de conflito entre
negros e moradores de favelas, que são sempre os mais afetados com a guerra às
drogas, que por racismo de quem a aplica, poderia ser chamado de “guerra aos
pobres e aos negros”, visto o grande número de negros encarcerados por uso e
venda de maconha. Eu particularmente sou
um pouco mais liberal e não vejo motivo por um sujeito ir preso pela simples
venda de uma erva, que é homeopática, pois se analisarmos, os donos de
farmácias homeopáticas vendem outras ervas com propriedades medicinais, e
portanto eu não vejo a maconha como uma vilã.
Outra coisa que precisa de mais seriedade é essa de prender
os chamados pequenos traficantes de
maconha - que em suma traficam para sustentar seu vício ou para ter renda extra
para pagar suas contas- é extremamente equivocada. Primeiro, porque nossas
penitenciárias deixam os presos sem fazer nenhuma atividade construtiva,
fazendo com que esse pequeno traficante arrume contatos e suba na hierarquia do
tráfico, virando um grande traficante quando sair da cadeia, mostrando que a
prisão nestes casos só pioram os presos, os tornando verdadeiros marginais. É
comum acontecer este tipo de coisa no Brasil, principalmente porque a lei deixa
margens para a autoridade decidir e juntando ainda os sérios problemas causados pelos resquícios da
ditadura - que são vistos até hoje incrustados na sociedade brasileira –
entende-se o porque muitos tem medo de uma mudança tão polêmica como essa. O brasileiro sempre foi um povo com baixa auto-estima e que tem uma tendência conservadora, uma vez que o país não investe o suficiente na educação, deixando o povão, grande maioria em nosso país, sem instrução necessária,e é por isso que novamente vem o problema com a comunicação, uma vez que em um país ignorante, quem se comunica bem é quase rei. E isto vemos não só com os conservadores da maconha, mas como a comunicação é usada de forma sorrateira por pastores, que se enriquecem com o medo alheio, advindo da ignorância.
E ai, como dito,é o ponto principal do problema, pois é muito difícil mostrar a uma
sociedade que tem muito resquício da ditadura e com profunda ignorância, como ser um país considerado
liberal é importante para o bem dos seus cidadãos, que mostram em assuntos
polêmicos pulso firme, além da imediata admissão do problema,soluções mais humanas,
que possam sim reabilitar o usuário, sendo que com esta visão preocupa-se muito mais com a
condição de precaução com uma informação ativa, que realmente tenha uma
comunicação de efeito com o jovem, do
que a mentiras que são passadas pelos proibicionistas , que com a chegada da
internet, facilitam o descobrimento destas mesmas inverdades faladas pelos
conservadores, fazendo o efeito ao contrário, pois o jovem que experimentar
maconha, vai acabar com uma sensação de que foi enganado, e como o jovem tem na sua índole a rebeldia, e está aberto a novas experiências, e é aí que se perde o medo das drogas. E devido equívoco de achar que todas as
drogas tem os mesmos efeitos e as dependências, é que surge a vontade de usar drogas mais pesadas.
Diferentemente do que
pensam os mais pragmáticos, a política de drogas do Brasil precisa mudar, além
da sua campanha de drogas, que soa como piada, uma vez que hoje os jovens tem
um acesso ilimitado na internet e pode sim, pegar informações verdadeiras sobre
a maconha, inclusive vários depoimentos de pessoas que sempre se deram bem com
a erva e que dizem que a maior dificuldade era apenas saber a hora e a
quantidade certa de fumar, coisa que acontece quase que por osmose em “Cannabistas”
mais velhos, que por experiência controla bem o seu corpo e suas necessidades.
Lembre-se que ninguém morre pelo uso de maconha e nem pela sua falta, a questão
é psicológica!!! A melhor solução é regular para educar sobre o seu uso e depois para medicar!!!
1 comments:
Muito bom mesmo a parte do pequeno traficante, onde que depois de pagar sua pena sai da cadeia como um grande. Eu vi tive diversas experiencias pessoas e ate amigos que foram presos como pequenos traficantes, ou ate mesmo pelo plantio de cannabis, e que depois que sairão da cadeia, com diversas informações e contatos. Assim afirmando que a cadeia seria uma graduação para os marginais.
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