quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Mujica refuga e projeto de regulamentação da maconha no Uruguai ficará estagnado


O Uruguai vinha sendo um dos países mais vanguardistas da América Latina, principalmente depois de apresentar um projeto para a regulamentação da maconha. Contudo, o novo paradigma que tinha causado um verdadeiro agito nos países vizinhos e na ONU, parece que vai passar por um momento de estagnação, uma vez que o presidente do Uruguai, José Mujica, disse que a população ainda não está madura o suficiente para encarar tal mudança.

"A decisão não está madura, por isso a freei. Não vamos votar uma lei, porque temos maioria no Parlamento. A maioria tem que estar na rua. As pessoas têm que entender que ao colocar os usuários na prisão só estamos dando um presente ao mercado do narcotráfico. Vamos levar o projeto de forma suava", disse o presidente.

O projeto apresentado pelo governo uruguaio em junho era uma reformulação de outro introduzido no Parlamento por um membro da oposição, que contemplava a legalização do auto cultivo da maconha. O governo queria que o Estado fosse o único produtor e vendedor da substância, mas depois aceitou legalizar o cultivo próprio.

O interesse da população pela questão da maconha começou há um ano, quando a argentina Alicia Castilla, de 68 anos, foi presa por ter 29 pés de cannabis em casa. Ao jornal espanhol "El País", Alicia disse não estar surpresa com a decisão de Mujica.

"O projeto foi desde o início um festival de improvisação. Só queriam desviar a atenção ao que estava acontecendo com a Pluna, que faliu. Há quatro meses, não se falava em outra coisa no país que não maconha. Vieram jornalistas de todo mundo para me entrevistar e entrevistar Mujica. Acho que tinha algo muito pessoal no protagonismo que Mujica tomou", disse ela.

Na verdade, o projeto se encontra em fase de estudo no Parlamento. Ele implica a criação do Instituto 
Nacional de Cannabis (Inca) e autoriza o Estado a assumir "o controle e a regulação de atividades de importação, exportação, plantação, cultivo, colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização e distribuição de cannabis ou seus derivados".

"A lei era inviável", opina Alice Castilla. "Você precisava se registrar para cultivar, só seria permitido plantar seis pés e não poderia cultivar mais de 40 gramas. Como pretendiam controlar? Alguém do Institudo de Cannabis ia casa a casa para pesar? Quando? A planta você corta e está úmida, cheia de seiva. Em dois meses, perde 40% do peso".

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