A constituição brasileira prevê que as liberdades religiosas
devem ser respeitadas e não devem sofrer nenhum tipo de perseguição. Porém,
mais uma vez, isto não vem sendo respeitado, pois O MPE (Ministério Público
Estadual), em Americana (127 km de São Paulo), pediu à Justiça que inclua o
crime de associação para o tráfico de substância entorpecente nas acusações
contra o Ras Geraldinho, que é fundador Primeira Igreja Niubingui Etíope Coptic
de Sião do Brasil.
A Polícia prendeu o líder religioso em sua Igreja, sob a
falsa acusação de tráfico de drogas, uma vez que na localidade, foram
apreendidos 37 pés de maconha. Agora, o Ministério público quer incluir o
Rastafari também em associação ao tráfico.
"Isso se deu porque as testemunhas da defesa disseram
que colaboravam no plantio, colheita, secagem e manejo de pragas da plantação
de maconha", disse o promotor Clóvis Siqueira, responsável pelo caso.
Porém, ainda existe a esperança do juiz não acatar esta nova denúncia do
promotor.
Com o pedido do MPE, a defesa terá cinco dias, a partir de
quando for notificada, para se manifestar.
Alexandre Khuri Miguel, advogado de Geraldinho, informou que
ainda não foi notificado, mas que a intenção da defesa, no entanto, é fazer com
que, com a nova acusação, o processo volte à fase de instrução, com a
convocação de novas testemunhas e com novo depoimento de Geraldinho.
Se for acatada pela Justiça, a sentença, que deveria ser
dada até o meio de fevereiro, deve ser adiada.
Khuri Miguel também informou que irá pedir a libertação do
réu. "Vou pedir para reabrir o prazo para ouvir as testemunhas e
imediatamente solicitarei o pedido de relaxamento de prisão, já que Geraldinho
está preso há seis meses sem julgamento. No caso dele, o prazo para que o
julgamento ocorresse deveria ser de no máximo 120 dias", informou.
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