O partido de esquerda da Alemanha pretende levar a diante a
proposta de criação de clubes legais de venda de maconha. Os clubes, assim como
em vários lugares da Europa, teriam seus sócios cadastrados, sendo que estes
seriam autorizados a portar até 30 gramas de maconha para fins de consumo
pessoal.
A proposta foi laborada por Frank Tempel, ex-diretor de um
grupo anti-droga que trabalhou com a polícia no estado alemão de Turíngia, ao
leste do país. Tempel, que agora é conselheiro do Partido da Esquerda sobre a
política de drogas, acredita que é preciso haver uma mudança radical na atitude
do Estado em relação principalmente à maconha.
"A proibição da cannabis é o modelo legal que tem o
mínimo de aceitação", disse ele. Tempel estima que entre 3,5 e 4 milhões
de alemães consomem cannabis, e que a proibição não tem qualquer influência
sobre a decisão de se utilizar ou não da maconha.
O instituto Cannabis Association (DHV), afirma que existam
cerca de 100.000 processos criminais relacionados com a cannabis. Tempel,
acredita que a proibição, na verdade incentiva o abuso de drogas, porque
restringe a educação pública. Ele diz que o Estado deve priorizar a prevenção
de proteção da juventude, e controlar o mercado de drogas e não criminalizar os
usuários e os jovens.
Atualmente, a legislação alemã permite a posse de 6 a 15
gramas de maconha para consumo pessoal, variando do estado em que se encontra.
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