segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ministro Gilson Dipp fala da polêmica reforma do código penal


O Código Penal elaborado pela comissão de juristas escalada pelo Senado ficará maior do que o atual, mas mais sistemático e objetivo. É o que afirma o presidente da comissão, ministro Gilson Dipp , que tem reunido seu grupo duas vezes por semana, em sessões abertas, para entregar, ainda neste semestre, o anteprojeto de lei que vai ser discutido pelo Congresso Nacional.

"Mesmo com a limpeza que se faça, haverá um acréscimo. Mas benéfico. O Código Penal será o centro do sistema penal brasileiro", garante o ministro do Superior Tribunal de Justiça.

Nada escapou: são ampliadas as hipóteses de aborto, permitida a ortotanásia, descriminalizadas condutas atípicas, além de uma nova lei para tipificar quem é traficante, quem é usuário (como é o caso da maconha e outras drogas ilícitas) e quem é dependente químico. Foram lembrados também a criminalização perante ao enriquecimento ilícito, e terrorismo.

De acordo com Dipp, a comissão partiu de duas premissas. A primeira foi não deixar de lado nenhum tabu. "Teríamos de enfrentar todas as questões necessárias, independentemente de seu potencial de causar polêmica. Nem se fosse para chegar a determinado ponto e reconhecer que certo tipo penal não seria oportuno de ser criado ou modificado", afirmou o ministro.

Como diz o ministro, o essencial é adaptar o Código Penal à Constituição de 1988 e aos tratados e convenções internacionais no âmbito penal dos quais o Brasil é signatário. "O Código Penal tem 72 anos. Alguns brincam que já deveria ter sido atingido pela aposentadoria compulsória", brincou. Do texto, que Dipp pretende entregar entre o final de maio e o começo de junho, pode-se esperar objetividade.

A comissão não se rendeu a propostas populistas. Segundo Gilson Dipp, houve mais de 2,5 mil manifestações de pessoas com sugestões feitas pelo site do Senado — 90% delas pedindo o endurecimento de penas. Esse, contudo, não é o caminho. "É possível endurecer algumas coisas, mas tem que haver alguma concorrência de todos os órgãos de segurança pública para aplacar a sensação de impunidade, senão nada adianta. O aumento de pena não é garantia de punição".

1 comments:

Sérgio e Amanda disse...

não é possível endurecer mais com relação a maconha, senhor ministro use sua sabedoria e mostre que a repreensão só leva ao tráfico e a deixar eles mais fortes, vamos descriminalizar a maconha o país vai melhorar com isso, vamos ter impostos que hoje são dinheiro dos traficantes, a vida pede isso.

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