A Junta Nacional de Drogas do Uruguai explica que a
qualidade da droga será monitorada para que usuários não consumam maconha
adulterada, e que o preço poderá ser mais baixo que o praticado no mercado
negro. E haverá um cadastro de usuários para se evitar um “narcoturismo” de
pessoas de outros países.
Limite mensal por pessoa será de 30 gramas
Logo depois que foi anunciado este mês, o projeto de
estatização do mercado de maconha levantou críticas — o governo colombiano, por
exemplo, afirmou que os uruguaios deveriam discutir o projeto com os outros
países da região — e dúvidas. Um dos principais responsáveis do governo
uruguaio sobre o projeto, o secretário-geral da Junta Nacional de Drogas do
Uruguai, Julio Calzada, tirou dúvidas.
Onde será a venda dos cigarros de maconha?
Há aspectos que só serão definidos depois que o Parlamento
aprovar a lei. O poder executivo fará a regulamentação dela segundo o que for
aprovado. Dito isso, o importante é que será o Estado que vai regular a venda.
Não haverá postos de venda “estatais”, mas venda controlada por diferentes
vias, por meios de “estancos”, como é o modelo espanhol para a venda de tabaco.
Poderiam ser incluídos aí os clubes ou associações de usuários.
Como evitar que a venda volte para o tráfico, depois da
legalização?
É possível fazer isso se for controlado o volume de produção
— que para o mercado uruguaio é de 2,5 toneladas mensais — e também controlar
quem compra. Se fizermos isso, garante-se que a produção não vai para o mercado
negro. O limite da compra mensal por pessoa será de 30 gramas.
Como serão definidos os preços?
Isso será resultado de estudos técnicos de custo — nas
experiências existentes o preço é similar ao do mercado negro ou levemente
inferior. O principal é que o usuário vai consumir um produto certificado e não
adulterado, como é feito atualmente.
Haverá monitoramento para se evitar que usuários se
excedam?
O pacote de medidas vai potencializar dispositivos de saúde,
atenção e tratamento, para pessoas com consumos problemáticos de droga,
especialmente derivados de pasta base de cocaína.
6 comments:
E o uso medicinal? E o uso industrial? Ninguém quer saber disso????
Espero que isso chegue logo no Brasil!
Espero que isso chegue logo ao Brasil! [2]
LEGAL !!! MUITO BOM!
Parabéns ao Secretário-geral da Junta Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada e ao Governo urugaio!!! Com certeza é um grande passo contra a hipocrisia atual em torno dessa droga. Que sirva de exemplo ao Brasil!
Quando será que o governo brasileiro amadurecera?Se essas medidas focem implantadas no brasil... fico louco só de pensar
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