Funcionário de mais alto escalão diplomático dos EUA na
Bolívia, John Creamer, encarregado de negócios dos Estados Unidos em La Paz,
afirmou que o Brasil deve assumir maior parcela no combate ao tráfico de drogas
na América do Sul. Segundo o diplomata, 60% da cocaína boliviana é consumida em
terras brasileiras e por isso o Brasil deve adotar medidas mais eficientes
contra o narcotráfico.
"Sob o princípio de responsabilidade compartilhada,
cabe ao Brasil assumir maior responsabilidade porque é o principal mercado para
a cocaína boliviana", afirmou Creamer já ao jornal Página Siete.
O presidente esquerdista Evo Morales expulsou no fim daquele
ano o embaixador americano, acusando-o de apoiar um suposto complô de direita,
enquanto Washington respondeu da mesma forma por razões de reciprocidade -
razão pela qual Creamer assumiu a responsabilidade diplomática. Creamer, que
termina sua missão, sustentou que o Brasil deve assumir um papel maior no
combate ao narcotráfico, porque "a maior parte da cocaína viaja rumo ao
Brasil, país que afirma que 60% da droga que entra em seu território é da
Bolívia, assim como a maconha".
O Brasil considera que 60% da cocaína que sai da Bolívia
viaja ao País, 20% é exportada para a Argentina e 20% para o Chile. No caso
brasileiro, dos 60%, cerca da metade permanece no País e o restante termina na
Europa.
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