A ideia de que o Estado não deve interferir na liberdade de
escolha do indivíduo, essência do liberalismo, é a base da argumentação
daqueles que defendem a legalização das drogas. Apesar de até então parecer
longe de se transformar em realidade, já que antes seria necessário rever os
acordos internacionais sobre drogas, a proposta de legalização das drogas se
apoia em dados consistentes e a tendência mundial é que adote esta nova
perspectiva.
O primeiro é que, a legalização das drogas, e,
consequentemente, a legalização do mercado de drogas, levaria a desmobilização
do crime organizado e da rede associada ao tráfico. Estima-se que grupos
criminosos perderiam sua fonte de receita e sua capacidade de corromper
autoridades e de aliciar jovens e novos usuários. Com o mercado legalizado,
também se perderia o estigma de que a maconha é a porta de entrada para outras
substâncias entorpecentes.
Mais que isso, o cálculo é de que se economizariam recursos,
hoje destinados à repressão, suficientes para tratar os danos à saúde física e
mental causados pelo consumo. Um estudo de 2008 do economista Jeffrey A. Miron,
da Universidade de Harvard, estimou que a legalização das drogas e a
formalização do mercado das drogas injetariam US$ 76,8 bilhões por ano somente
na economia dos Estados Unidos. Desse total, US$ 44,1 bilhões seriam poupados
de ações policiais do Estado. Outros US$ 32,7 bilhões poderiam ser arrecadados
na forma de impostos.
A legalização das drogas é muito mais do que apenas um
debate atual é em suma muito importante para a sociedade, que sofre as
consequência do narcotráfico, que por sua vez, tem sua base financeira
estabelecida diante da venda de entorpecentes. Até hoje, a guerra às drogas não
conseguiu diminuir nem a oferta muito menos a demanda da maconha ou qualquer
outra substância ilícita, então por que não legalizar e assumirmos que a “guerra
às drogas” é um verdadeiro fracasso?
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