Alguns coffee shops fechados em sinal de protesto, outros
abertos e apoiando a lei, controles policiais irregulares e aumento das vendas
ilegais: a implementação do "mapa cannabis", em vigor há uma semana
no sul da Holanda, é caótico, vindo de encontro ao que alguns ativistas
holandeses previam: a volta de traficantes às ruas do país, problema este que
já tinha sido resolvido há anos.
O "mapa cannabis", que entrou em vigor em 1º de
maio no sul do país, foi pensado para reduzir os engarrafamentos, o barulho
noturno e a proliferação de vendedores de maconha e outras drogas causados pela afluência de
milhões de estrangeiros que vão comprar maconha nos coffee shops, contudo, esta
nova medida está sendo um verdadeiro tiro no pé da sociedade holandesa, que
volta a enfrentar problemas que já tinham sido resolvido há algumas décadas.
A nova legislação, que se refere em um primeiro momento a
cerca de 80 dos 670 coffee shops holandeses e deve tornar esses negócios
"clubes fechados" com um máximo de 2 mil membros domiciliados na
Holanda e com mais de 18 anos, será extensiva a todo o país em 2013.
Os 14 coffee shops de Maastricht (sudeste), centro da
resistência ao mapa cannabis, estão fechados desde 1º de maio em protesto por
esta medida "discriminatória", que diminuirá seu volume de negócios e
consequentemente a arrecadação fiscal da cidade e da própria Holanda.
"Vamos à Justiça", disse Marcos Josemans, dono do
Easy Going e presidente da Associação de Coffee Shops de Maastricht. "O
governo quer implementar em escala nacional uma solução destinada a solucionar
um problema local, em Maastricht", afirma por sua vez Willem Vugs,
presidente da Associação de coffee shops de Tilburg. "Aqui não há, ou há
poucos, problemas relacionados aos coffee shops", disse.
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