A Cannabis Sativa -famosa por ser a planta da maconha- é uma planta versátil, que é usada como
matéria prima para uma larga e extensa lista de produtos comerciais, que variam
de itens como roupas, sapatos, cosméticos, biocombustíveis e até mesmo como
forma saudável de alimento, como é o caso do “Hemp Milk”, por exmeplo, que faz muito sucesso
em alguns locais dos Estados Unidos e em países onde se permite o cultivo do
cânhamo.
Esta variedade alimentícia se trata de um leite vegetal
orgânico, normalmente aromatizado com sabor de nozes, e rico em aminoácidos e
também em ômega 3 e 6 , que são ácidos graxos poliinsaturados essenciais na
dieta do corpo humano, mas não são produzidos pelo mesmo.
Como dito, embora não sejam sintetizados pelo organismo, o
ômega 3 e 6 são necessários, por exemplo, para a transmissão de impulsos
nervosos, síntese de hemoglobina e divisão celular e podem ser encontrados não
só no leite de cânhamo, mas também em diversas formas que se utilizem do óleo
das sementes, que possuem uma concentração ideal de tais ácidos graxos para o
nosso corpo humano.
“O que chama a atenção não é apenas a quantidade, mas sua
proporção”, diz a nutricionista Samara Crancio, do Conselho Regional dos
Nutricionistas de ES, MG e RJ.
O óleo do cânhamo apresenta uma razão de três partes de
ômega 6 para uma de ômega 3 -dentro da ideal, entre 2:1 e 3:1, proposto por
pesquisas, diz Crancio. “O mais próximo disso é o óleo de canola, mas o do cânhamo
é melhor. Já uma razão muito elevada favoreceria o desenvolvimento de doenças
alérgicas, cardiovasculares e inflamatórias.”
As proteínas da semente fazem dela uma boa opção
vegetariana, segundo a nutricionista. “Poucos alimentos vegetais têm proteínas
de alto valor biológico, e entre eles estão as sementes de soja e de cânhamo.”
Enquanto a soja é indicada especialmente para mulheres que
entram na menopausa ou que precisam fazer reposição hormonal, por conta das
isoflavonas -fitoesterol que “imita” o hormônio feminino estrogênio-, o cânhamo
é bom para pacientes com deficiência de ácidos graxos essenciais, crianças e
atletas, afirma Crancio.
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