Quando falamos em maconha, sempre existe um temor dos mais
conservadores, que insistem em negligenciar o poderio medicinal das flores da
Cannabis. Na Dinamarca, um estudo realizado pelo pesquisador Helle Dahl, do
Centro de pesquisa de Álcool e Drogas da Universidade de Aarhus, afirmou que
pelo menos 1.200 dinamarqueses plantam a própria maconha em suas casas, em sua
grande maioria, para fins terapêuticos e não recreativos.
Segundo o levantamento feito por Dahl, muito destas pessoas
sofrem de grandes dores musculares, Aids e Câncer e encontram na utilização da
maconha medicinal um alento no tratamento de suas doenças.
Embora na Dinamarca seja ilegal cultivar maconha, mesmo que
para fins medicinais, o comércio de sementes de Cannabis Sativa é totalmente
legal, o que tem influenciado os usuários de maconha medicinal a cultivar o seu
próprio remédio e fazendo ao mesmo tempo com que estes pacientes não tenham que
recorrer ao mercado negro da maconha, que é fonte de sustento financeiro para
os narcotraficantes.
Por outro lado, a policia dinamarquesa tem apertado o cerco
contra a produção doméstica da maconha, visto que recentemente começaram a
aparecer grandes plantações de maconha no pequeno país, que em suma podem
produzir até 400 quilos de maconha ao
ano, segundo dados do Centro de Pesquisa de Álcool e Drogas, que aponta ainda
que esta quantidade é pouco menos de 1/5 de toda a maconha apreendida na
Dinamarca em 2011.
A pesquisa apontou que dos 550 produtores caseiros de
maconha entrevistados pelos pesquisadores apenas 22 afirmaram cultivar mais de
100 plantas de Cannabis em suas residências, sendo que 5 disseram que possuíam mais
de 500 plantas, que daria em média 60 quilos de maconha por ano.
“A maioria das pessoas cultivam mais maconha do que o
necessário , porque não se tem como saber de antemão qual vai ser a sua safra
ao final do cultivo.” Afirmou Vibeke Asmussen Frank, que também participou do
estudo.
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