Aproveitando o encontro da "Cúpula dos Povos"
durante a "Rio + 20", realizamos a "Cúpula Cannábica" e a
"Rio + 4:20". Em três dias de encontro, ativistas e coletivos das
Marchas da Maconha de todo o país tiveram a oportunidade de se conhecer e
debater os próximos passos para a legalização da maconha no Brasil e no mundo.
O debate foi acirrado, pois conflitos de culturas políticas
ficaram claros durante o encontro. Enquanto vários ativistas trazem práticas de
partidos políticos de esquerda e de aparelhos estudantis e sindicais, outros
apresentam a experiência de novas práticas advindas da democracia direta da
internet e de movimento em rede.
Cobrados à esquerda como movimento de alienados que
pretendem apenas a legalização da maconha para uso recreativo, muitos ativistas
sentem a obrigação de organizar a revolução que vai construir uma sociedade
igualitária. Dessa forma, pensam construir no movimento cannábico a consciência
revolucionária que vai transformar toda a realidade social. A preocupação é
nobre, mas destituída de realidade. Penso, que a legalização da maconha, por si
só, vai representar um baque nesse sistema capitalista estressado, apressado e
de um alienante e repetitivo trabalho. A maconha vai trazer a essa sociedade o
trabalho criativo, reflexivo e da paz, pois seu próprio consumo é coletivo e em
roda, ao contrário do consumo individual deste sistema capitalista.
No encontro, debatemos e concluímos que nosso movimento deve
ser "em teia" e criamos a REDE NACIONAL DE ATIVISTAS E COLETIVOS PELA
LEGALIZAÇÃO DA MACONHA. Nesta rede, vamos estreitar nossas relações e
aprofundar diversos temas no debate.
Decidimos fazer uma pressão nacional para o Supremo Tribunal
Federal julgar o Recurso Extraordinário de grande repercussão geral, como
deliberou o Plenário Virtual da Corte. Enviar e-mails de todos os estados,
cobrando do Supremo para que nossa causa não prescreva. O Movimento foi
nominado STF, NÃO DEIXE APAGAR A NOSSA CAUSA.
Em 19 de junho, último dia de nosso encontro, realizamos, no
meio da Cúpula dos Povos, a Marcha da Maconha. Mais de 500 ativistas caminharam
e cantaram pela legalização da maconha, acompanhados de forte e provocativo
aparato policial. Após a Marcha, vários ativistas foram, inclusive, revistados.
Mas nada que ofuscasse a potência da Marcha da Maconha da Cúpula Cannábica.
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FONTE: http://maconhadalata.blogspot.com
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