O polêmico projeto do presidente José Mujica, que pretende
estatizar a maconha no Uruguai parece estar avançando. Segundo o diretor do
Conselho Nacional de Drogas, Júlio Calzada, a maconha que será vendida pelo
governo vai se de melhor qualidade e com o menor preço da comercializada atualmente
no mercado negro.
"Hoje, a maconha é consumida no mercado negro (...)
chega misturada com substâncias que não são necessariamente maconha" ou
contém "as partes da planta que não são destinadas ao consumo humano, tais
como folhas, caules e outros. A que o Estado vai fornecer é uma substância de
qualidade superior a essa", afirmou Calzada ontem em um coletiva para a
imprensa.
"No mercado negro, hoje, 25 gramas de maconha custam
500 pesos (25 dólares)", acrescentou o diretor.
Um projeto de lei para regulamentar a produção e venda de
maconha foi apresentado no início de agosto no parlamento uruguaio. O Legislativo
também tem a intenção de autorizar o cultivo de maconha para consumo pessoal.
Segundo a imprensa local, cada consumidor teria um cartão
pessoal anônimo com código de barras dando direito a 40 gramas de maconha por
mês. Deste modo, o governo evitaria o registro dos consumidores, tal como
inicialmente discutido.
"Seria um documento anônimo, sem foto, sem o nome do
titular, que seria usado para controlar o consumo", disse Calzada ao
jornal La Republica.
O projeto do governo visa a combater a violência gerada pelo
consumo e o crescente tráfico de "pasta base", um derivado da cocaína
mais barato com efeitos devastadores sobre os consumidores.
Hoje, o consumo e a posse para uso pessoal de maconha não
são punidos no Uruguai, mas a comercialização e o cultivo são proibidos.
Estima-se que 20.000 pessoas consumam regularmente maconha neste pequeno país
de 3,2 milhões de habitantes.
2 comments:
partindo imediatamente pro Uruguai :D
legalize ja no Brasil
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