A “guerra às drogas” é fracassada e não consegue combater a
oferta e a demanda das drogas. Após mais de 40 anos de proibição, várias nações
começam a pensar em uma nova solução para o problema, privilegiando o conceito
de redução de danos, que prevê uma nova perspectiva para a situação. Uma das
ações da redução de danos é a legalização das drogas, que ganham um grande
valor econômico no mercado negro, justamente por sua ilegalidade. Quando se
trata da maconha, a redução de danos ainda é mais visível, já que por ser uma
droga leve, as tragédias acontecidas pela repressão são catastróficas.
Para se ter uma ideia, no ano passado, em estudo publicado
recentemente, o instituto estima que os carteis mexicanos perderiam cerca de
US$ 1,4 bilhão por ano - dos US$ 2 bilhões que faturam anualmente com o tráfico
da maconha nos EUA, caso a maconha fosse legalizada como nos estados de
Washington e Colorado.
É claro que, segundo apontam analistas, restaria ainda aos
narcotraficantes o comércio ilegal de cocaína, que rende cerca de US$ 2,4
bilhões por ano, e os carteis, provavelmente, começariam a explorar outras
atividades ilegais para tentar recuperar as perdas. No entanto, um golpe de US$
1,4 bilhão é muito mais do que a guerra às drogas de Washington jamais
conseguiu em toda a sua história.
Acredita-se que de 40% a 70% da maconha consumida nos EUA
seja cultivada no México, país que vem realizando um esforço gigantesco para
controlar o tráfico. Desde 2006, quando o presidente Felipe Calderón, pressionado
pelos EUA, declarou guerra às drogas, cerca de 60 mil pessoas morreram em razão
da violência.
O desastre fez com que muitos no México, incluindo os
ex-presidentes Vicente Fox e Ernesto Zedillo, pedissem uma revisão da política
do atual governo. O presidente eleito, Enrique Peña Nieto, que assume dia 1.º
de dezembro, também mostrou insatisfação, embora tenha prometido manter a
repressão.
1 comments:
E o simples fato de que o usuário de maconha não precisará mais o contato com o traficante para conseguir sua droga, livra muitos adolescentes de entrar em outras drogas piores...
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