Os Estados do Colorado e Washington legalizaram a maconha
nas últimas eleições, contudo a legalização e a descriminalização da maconha
para que funcione perfeitamente precisa que vários outros lugares adote a
medida, para que não se crie o turismo de drogas e que a maconha legalizada não
seja desviada para o mercado negro. E é justamente isso que acontece no momento
nestes estados americanos que estão encontrando dificuldades em impedir que a
droga seja desviada para o mercado negro de outras regiões do país,
especialmente enquanto ela permanece ilegal pela lei federal.
Até agora, ninguém está sugerindo bloqueios interestaduais
para manter a maconha recém-legalizada do Estado de Washington dentro de suas
fronteiras. Mas o governador Jay Inslee insiste que há outras maneiras,
incluindo o rastreio digital da erva, para garantir que ela seja vendida apenas
onde é cultivada.
Com o processo de vendas inicializado, ele espera ser um bom
vizinho e impedir que sua maconha cruze para Estados como Idaho, Oregon entre
outros, que não querem que as pessoas façam uso recreativo da droga.
Mas não se trata apenas de boa vontade entre Estados
vizinhos. Inslee está tentando convencer o Procurador-Geral dos Estados Unidos
Eric Holder a não mover uma ação que impediria o licenciamento de cultivadores,
processadores e vendedores de maconha do Estado.
O Colorado, onde o uso da maconha foi legalizada pelo
eleitorado no ano passado , já existem regras intensivas que visam manter o seu
mercado de maconha medicinal sob controle, incluindo o rastreamento digital de
códigos de barras do produto, vigilância em vídeo sobre cada planta e controle
processual de todos os carregamentos legais.
Mas, segundo as autoridades, a maconha do Colorado muitas
vezes chega ao mercado negro. O próprio chefe da agência de monitoramento da
indústria da maconha médica do Colorado sugere que nenhum outro Estado copie
suas medidas. A agência se envolveu em inúmeros problemas de dinheiro e teve
que cortar muitos de seus investigadores.
Washington e Colorado têm sistemas de licenciamento de
produtores, processadores e lojas de varejo, nos quais apenas maiores de 21
anos podem entrar e comprar até 28 gramas de maconha pagando altos impostos.
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