De acordo com a revista médica Journal of Neurology,
Neurosurgery and Psychiatry, um estudo de fase 3 - última etapa de um processo
para a aprovação de um novo medicamento ou de um novo tratamento - foi
realizado com 279 pacientes britânicos durante 12 semanas.
Os pacientes foram divididos em dois grupos, um que recebeu
pílulas de tetrahidrocanabinol (ou THC), o princípio ativo da maconha, e o
outro, um placebo.
Durante 15 dias, as doses foram aumentadas regularmente de
2,5 mg até o máximo de 25 mg, mantido durante o restante do estudo.
Ao conclui-lo, 29,4% dos pacientes do grupo que experimentou
a maconha teve redução da rigidez muscular contra 15,7% do grupo de controle.A mudança foi perceptível a partir da quarta semana e se
estendeu para a dor e na qualidade do sono.
A melhora foi mais significativa em pacientes que não
tomaram medicamentos antiespasmódicos, com taxa de respostas positivas que
chegou a 40% nos pacientes que ingeriram o extrato de maconha.
Os efeitos colaterais foram superiores no grupo que tomou os
comprimidos de cannabis e abrangeu principalmente problemas intestinais e
transtornos do sistema nervoso.
"Nossos resultados confirmam as conclusões de outros
dois estudos que já tinham demonstrado uma redução significativa da
espasticidade (aumento exagerado do tônus muscular) em pacientes tratados com
extrato de canabis", destacaram os autores do estudo, chefiado por John
Peter Zajicek, do grupo de pesquisas britânico sobre neurologia clínica.
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