O ano de 2014 pode ser no mínimo considerado o primeiro passo do Brasil rumo à mudança nas leis de drogas, principalmente quando o assunto é maconha. Isso porque o nosso vizinho, Uruguai legalizou geral por lá e o assunto ressoou por aqui. Tudo isso porque primeiramente parlamentares brasileiros se prontificaram a rebater a atitude do Uruguai, dizendo que foi um ato errado que favorece o consumo das drogas. Por outro lado, governantes uruguaios dizem que os brasileiros que estão precipitados, pois essa seria a forma correta de tirar o poder do comércio do narcotráfico.
Por essas razões, a Constituição de Direitos Humanos (CDH) e Comissão de Justiça (CCJ) realizaram sessões no Senado Federal para debaterem o tema, sob a presidência do Senador Cristovam Buarque. Que já enviou seu relatório à comissão, pedindo urgência na regulamentação do uso da maconha medicinal, e que continuassem o debate sobre o uso recreativo.
Mas afinal, você sabe quais são os principais argumentos que cada lado usa para defender seu ponto de vista? De que lado você está? Veja 5 argumentos mais comuns usados pelos defensores ou proibicionistas e debata com seus amigos e familiares qual seria o melhor caminho para o Brasil.
Argumentos contra a legalização/regulamentação/legalização:
- "Qualquer forma de liberação facilita o consumo por parte dos jovens."
- "A legalização não acabaria com o tráfico."
- "Liberando teríamos mais viciados jogados nas ruas por falta de clínicas."
- "Fumar maconha causa esquizofrenia."
- "Liberar maconha medicinal é desculpa para quem quer fumar por diversão ter acesso mais fácil."
- "Somente regularizando seria possível controlar o acesso dos jovens às drogas."
- "A tomada deste mercado por empresas responsáveis tiraria a força do tráfico."
- "Taxando e cobrando impostos, poderiam criar novas clínicas públicas para tratar dependentes."
- "Fumar maconha é direito de qualquer cidadão adulto, por livre e espontânea vontade."
- "Maconha medicinal é o único remédio que funciona para muita gente."
Afinal, qualquer jovem pode comprar maconha ou qualquer droga ilícita, independentemente da idade, afinal o traficante não tem qualquer obrigação com a lei, ele é um fora da lei, então pagando o quanto ele pede, ele entrega o produto, sem pensar nas conseqüências para quem irá consumir. Agora, uma loja de bebidas, por exemplo, tem total responsabilidade sobre os produtos que vende, e antes de vender uma garrafa de bebida alcoólica, o comerciante solicita a confirmação de idade através do documento de identidade. O mesmo deveria acontecer com a maconha e outras drogas.
O mercado das drogas é impossível de ser proibido, pois quem quer usar droga vai comprar aonde tiver, e se for o mercado negro o único fornecedor do produto que ele quer usar, é lá mesmo que ele irá comprar, ou seja, irá dar seu dinheiro para traficantes fortalecerem suas armas e assim trazerem mais perigo para os cidadãos de bem e também para as forças policiais.
A cobrança de impostos sobre cada venda de maconha no comércio, geraria uma nova fonte econômica que poderia ser usada para o tratamento de dependentes químicos de qualquer substância, além de cortar os gastos com força policial para prender e abordar maconheiros nas ruas ou praias do país. Ou seja, deixaria de gastar com o desnecessário e ao mesmo tempo geraria dinheiro para melhorias no país, inclusive para campanhas contra o uso de drogas.
Não existem estudos que possam de fato concluir que a maconha causa esquizofrenia, apesar de muitos profissionais aparecerem na mídia dizendo absurdos desses como se fossem comprovados cientificamente. Por outro lado, estudos surgem todos os dias, com fontes confirmadas, sobres os benefícios medicinais, tanto físicos quanto mentais, do uso da cannabis. Além disso, o álcool e cigarro também fazem mal, mas qualquer cidadão adulto que queira consumir, tem esse direito e compra em uma loja, sabendo do mal que está fazendo a si próprio.
O último argumento é o principal e é imediato. Regulamentar a produção e consumo de maconha medicinal é fundamental para milhares de pessoas no Brasil. Desde crianças até idosos, desde cólicas menstruais até casos raros e graves de epilepsia. Pessoas estão morrendo todos os dias por não terem informação e nem acesso à maconha medicinal. Outro assunto que deve ser regulamentado, é o cultivo caseiro de maconha para aquelas pessoas que quiserem consumi-la como remédio, pois a importação é extremamente custosa e burocrática, o que já impossibilita o acesso aos mais humildes.
Então, de que lado você está? É bom saber que muitos dos conceitos antigos criados a respeito da maconha, são meramente preconceituosos e sem fundamentos, então informação é sempre o melhor remédio. Pense a respeito e discuta.
2 comments:
A liberação imediata e o incentivo à maconha medicinal é usar a inteligência pra fazer alguma coisa que preste dando uma banana pro preconceito. As provas sobre sua eficiência na saúde do ser humano são irrefutáveis e devastadoras. Não há o que discutir. Ao poder central só resta agir o mais rápido possível, porque, em termos de saúde pública, talvez tenha se encontrado a galinha dos ovos de ouro: eficiente e barato. Quanto ao uso recreativo, é sabida e comprovadamente menos danosa que cigarro e álcool, portanto, não faz sentido sua proibição, pelo menos se a coerência ainda é um valor que se justifica. Os efeitos são, em sua maioria, prazerosos e estimulam a criatividade. O suposto "esquecimento" não se confirma na prática. A tendência do efeito da maconha é intensificar cada momento e com isso eles se tornam... inesquecíveis. Proporciona bom sexo, bom sono e boas risadas. Liberada, a erva vai se tornar a benção que está destinada a ser como agente de cura. Ah! Detalhe importante: NÃO VICIA. Quando Tim Maia disse que fumava a 25 anos e não estava viciado, todo mundo riu, achando que fosse piada. Não era. Ele estava relatando um fato. Muitos já provaram em si mesmo essa realidade. Eu sou um deles. Nunca houve em meus 45 anos como fumante um só momento em que me sentisse viciado e dependente. Como sou viciado confesso em tabaco, sei bem a diferença. Ou seja, o princípio ativo da maconha, o THC, não tem a característica de provocar adição. O que ele faz é estimular o aumento da produção de serotonina, substância que promove sensação de prazer, mas, talvez pelo fato desse estímulo se processar no organismo de uma maneira suave - e não agressiva como a cocaína, LSD ou ecstasy - o choque inicial não é tão retumbante, e é nesse choque, extremamente prazeroso, que a dependência se cria. Fumar maconha não faz com que a pessoa perca a consciência, como o álcool, por exemplo. Ao contrário, ela pode ficar ainda mais alerta se souber usar a energia do relaxamento que naturalmente acontecesse. É só trocar o “tô numa boa, bicho” pela atenção pura, silenciosa e, com o auxílio luxuoso da serotonina, deliciosa. A energia, por princípio e definição, é neutra. A vibração de cada um, de acordo com seus pensamentos, sentimentos e emoções, é que vai dar direção e prover conteúdo a essa energia. Portanto, se a maconha tem em sua composição química natural elementos que ajudam o ser humano a relaxar e que esse relaxamento é a base para que a cura aconteça, a equação completa o seu círculo sem deixar margem para argumentos contrários.
Caro Renato, faço de suas as minhas palavras. Obrigado pela bela participação em nossa página.
Postar um comentário