sábado, 1 de dezembro de 2012

Especialista aponta falhas no plano uruguaio de regulamentação da maconha


O tema maconha tem sido polemico desde que começou-se a seguir o modelo proibitivo e armado do combate às drogas. Meio ao conservadorismo, a tendência mundial é que se descriminalize o uso da maconha, já que a repressão não consegue combater a oferta e a demanda.

Antes, taxada como erva do capeta, os verdadeiros potenciais da cannabis novamente começam a aflorar na sociedade e o que parecia apenas assunto de europeu, vem sendo constantemente debatido aqui também na América Latina, que tenta implantar um modelo de regulamentação, no qual o Estado irá controlar a venda e distribuição da maconha.

Mesmo sendo um progresso, quando pensamos em regulamentação da maconha, o projeto ainda não agrada a alguns ativistas que veem a estatização da maconha como um mal negócio, uma vez que segundo os mesmos, existem modelos mais eficientes para que se possam regulamentar o consumo e a venda de maconha, como é o caso dos famosos coffeshops holandeses ou as cooperativas espanholas.

Como lembra Ethan Naldemann, líder da Drug Policy Alliance (DPA – aliança para uma política em matéria de drogas) “É muito incomum que um governo esteja envolvido no monopólio da produção de qualquer matéria-prima, em qualquer produto agrícola. Frequentemente isso leva a uma ausência de controle de qualidade ou diversidade”.

Contudo, Naldemann afirmou que a legalização definitiva é o que vai de fato combater o enriquecimento ilícito do narcotráfico. “A legalização definitivamente ajudará a combater o narcotráfico, porque oferecerá uma fonte alternativa se o governo puder oferecer um bom produto a um preço razoável”, afirmou.

Outros países da América Latina, como México, Guatemala e Costa Rica, também analisam as implicações da legalização da maconha como forma de combate e enfraquecimento do narcotráfico.

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