O tema maconha tem sido polemico desde que começou-se a
seguir o modelo proibitivo e armado do combate às drogas. Meio ao
conservadorismo, a tendência mundial é que se descriminalize o uso da maconha,
já que a repressão não consegue combater a oferta e a demanda.
Antes, taxada como erva do capeta, os verdadeiros potenciais
da cannabis novamente começam a aflorar na sociedade e o que parecia apenas
assunto de europeu, vem sendo constantemente debatido aqui também na América
Latina, que tenta implantar um modelo de regulamentação, no qual o Estado irá
controlar a venda e distribuição da maconha.
Mesmo sendo um progresso, quando pensamos em regulamentação
da maconha, o projeto ainda não agrada a alguns ativistas que veem a
estatização da maconha como um mal negócio, uma vez que segundo os mesmos,
existem modelos mais eficientes para que se possam regulamentar o consumo e a
venda de maconha, como é o caso dos famosos coffeshops holandeses ou as
cooperativas espanholas.
Como lembra Ethan Naldemann, líder da Drug Policy Alliance
(DPA – aliança para uma política em matéria de drogas) “É muito incomum que um
governo esteja envolvido no monopólio da produção de qualquer matéria-prima, em
qualquer produto agrícola. Frequentemente isso leva a uma ausência de controle
de qualidade ou diversidade”.
Contudo, Naldemann afirmou que a legalização definitiva é o
que vai de fato combater o enriquecimento ilícito do narcotráfico. “A
legalização definitivamente ajudará a combater o narcotráfico, porque oferecerá
uma fonte alternativa se o governo puder oferecer um bom produto a um preço
razoável”, afirmou.
Outros países da América Latina, como México, Guatemala e
Costa Rica, também analisam as implicações da legalização da maconha como forma
de combate e enfraquecimento do narcotráfico.
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